sábado, 23 de janeiro de 2016

Sem manutenção, ar-condicionado pode causar infecções e até matar

No calor forte, o ar-condicionado é quase sempre a única saída para refrescar o tempo quente. Mas a situação preocupa quando o assunto é a limpeza desses aparelhos. Escondendo verdadeiras fontes de contaminação, os equipamentos podem desencadear diversas doenças respiratórias, se não forem limpos corretamente e com frequência.

De acordo com infectologistas, o acúmulo de sujeira no aparelho pode desencadear infecção pulmonar e problemas alérgicos, como rinite, asma e sinusite.

Segundo os cardiologistas e clínico-geraes, a falta de manutenção dos aparelhos, dissemina no ambiente partículas que podem desencadear transtornos respiratórios. “O ambiente do ar-condicionado é propício para o aparecimento de fungos, ácaros e alérgenos, como pó e poeira”, explica Léo Rodrigues .

Estão ainda mais vulneráveis a desenvolver infecções respiratórias os idosos, bebês, pessoas imuno comprometidas, os alérgicos, os asmáticos, os que têm bronquite e efizema, além dos portadores de imuno deficiência adquirida, como HIV, e até mesmo pessoas com câncer, explicou o médico.

“Nesses ambientes , além de gripes e resfriados, as pessoas podem desenvolver crises de asma, bronquite e até mesmo infecções respiratórias, como pneumonia”.

Léo Rodrigues lembra ainda que nestes aparelhos sujos podem ocorrer a cultura de microorganismos, as bactérias, onde a situação pode ser ainda mais crítica.

Pessoas que diariamente estão em locais onde não há manutenção dos sistemas de ar ou ventilação podem desenvolver doenças respiratórias, segundo os médicos.

“Muitas das doenças são alergias denominadas de "síndrome do edifício doente", designado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) na década de 80”, explica ela se referindo a locais há grande concentração de pessoas com problemas respiratórios.

Depois da morte do ministro das Comunicações, Sergio Motta, em 1998, que contraiu uma bactéria alojada no ar-condicionado, a Legionella, o Ministério da Saúde baixou portaria exigindo a higienização mensal dos aparelhos de ar-condicionado. A bactéria oportunista ataca, principalmente, pessoas com sistema imunológico debilitado.

A LR REFRIGERAÇÃO usa Para limpeza  produtos biodegradáveis elaborados para este fim, segundo Léo Rodrigues. Após a limpeza é aplicado um sanitizante, um tipo de desinfetante que reduz o numero de bacterianos em níveis relativamente seguros.

“Com esse produto, se cria uma película protetora que garante que o aparelho fique até 90 dias livre de fungos, bactérias e ácaros”, explicou Léo Rodrigues.

Porém, segundo ele, além da limpeza dos aparelhos, é preciso fazer a limpeza semanal dos filtros com água e sabão.

“O nosso diferencial é que a higienização do aparelho leva no máximo duas  hora e é feita com o máximo de cuidado com o aparelho. Toda sujeira, detritos, fungos e bactérias são retirados”.

Segundo a portaria, a periodicidade da manutenção dos aparelhos depende de inúmeros fatores, como a qualidade do ar externo, capacidade da instalação, tipo de equipamento, ambiente climatizado, tempo de utilização dos equipamentos, dentre outros. "Pelo menos a cada 120 dias o aparelho deve ser limpo", disse Léo Rodrigues .

Se a contagem de microrganismos estiver acima de 750 unidades formadoras de colônia (UFC) por metro cúbico de ar, padrão estipulado pela OMS, o ambiente é considerado impróprio para a saúde.

Hospitais, clínicas e shoppings- Em Imperatriz , nos hospitais e clínicas a condição é crítica. Conforme os donos de empresas especializadas na limpeza, são poucos os locais que fazem a manutenção dos aparelhos e dutos. Em, shoppings, edifícios e locais de grande concentração de pessoas, onde há ar-condicionado ou ventilação instalada, o perigo existe.

Conforme Léo Rodrigues , nos centros-cirúrgicos é obrigatório o uso de um filtro chamado G3, antibacteriano. “Mas pelo visto nenhum hospital tem”, disse ele em entrevista concedida ao Blog.

Fiscalização- Não existe em Imperatriz um programa que normatize a vistoria em hospitais, clínicas ou ainda em outros locais. De acordo com ele as empresas fazem, por conta própria, a limpeza dos aparelhos ou dutos.

“Existe uma normatização, mas não acontece a inspeção. Existe uma portaria detalhada para locais como centro-cirúrgicos, mas a realidade é a mesma e não são fiscalizados”, afirma Léo Rodrigues.

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